segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Tristeza não tem fim

Olá, pessoal.
Meu amigo Jônatas morreu.
Estão dizendo pelos corredores da FFLCH que ele cometeu suicídio. Dizem que ele estava sofrendo de depressão, e eu não sabia.
Ele era o irmão que eu escolhi para mim. Para nós não havia tabu de nenhum assunto, falávamos sobre tudo: futebol, política, machismo, usos e costumes, música, e sobre Deus.
Ele não me deu nenhum alerta sobre os problemas que enfrentava, sendo que eu podia, no mínimo, ouvi-lo. Não sei se ele não entendeu a minha amizade, ou se deliberadamente quis me poupar dos seus problemas. Só sei que o gesto que tirou a sua vida também tirou parte da minha.
Estou triste por demais, sem entender o significado do seu derradeiro gesto.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Até a Lua



(Ana Maria Carvalho)

Eu já falei com os olhos
Que te amo e você não ouviu
Eu já falei com as mãos
Que te quero e você não sentiu

Eu já fui até a lua
Pra tentar te convencer
E acabei
Conquistando a lua
Só não conquistei você

Eu já fui até a lua
Pra tentar te convencer
E acabei
Namorando a lua
Só não namorei você.

Grupo Cupuaçu - Morro do Querosene

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Brincar de Viver



(Guilherme Arantes)

Quem me chamou?
Quem vai querer voltar pro ninho?
Redescobrir seu lugar
Pra retornar
E enfrentar o dia a dia
Reaprender a sonhar

Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre
Que você responde sim
A sua imaginação

A arte de sorrir
Cada vez que o mundo diz não

Você verá
Que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver
Não esquecer
Ninguém é o centro do universo
Assim é maior o prazer...

Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre
Que você responde sim
A sua imaginação

A arte de sorrir
Cada vez que o mundo diz não

E eu desejo amar
A todos que eu cruzar
Pelo meu caminho
Como sou feliz
Eu quero ver feliz
Quem andar comigo
Vem...

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Pense n'eu...



(Luiz Gonzaga e Gonzaguinha)

Pense n'eu quando em vez, coração
Pense n'eu vez em quando
Onde estou, como estarei
Se sorrindo ou se chorando.

Se sorrindo ou se chorando
Pense n'eu... vez em quando.

Tô na estrada, tô sorrindo apaixonado
Pela gente e pelo povo do meu país
Olêlê...

Tô feliz pois apesar do sofrimento
Vejo um povo de alegria bem na raiz
Vamos lá...

Alegria muita paz e esperança
Na esperança de fazer tudo melhor
E será...

Felicidade, o meu nome é união
E povo unido é beleza mais maior.

Pense n'eu quando em vez, coração
Pense n'eu vez em quando
Onde estou, como estarei
Se sorrindo ou se chorando.

Se sorrindo ou se chorando
Pense n'eu... vez em quando.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Mensagem de Ligia Ferreira

"Caros amigos,

Quero acreditar que, hoje, a sociedade brasileira, ou boa parte dela, não aplaude, pelo contrário, se injuria com a soberba presidencial e de nossos demais (des)governantes; e sofre não só com o luto inapagável de 17 de julho, mas com nossa indignação engasgada, com os dilemas que nos acossam frente aos valores que aprendemos, ensinamos e parecem ir perdendo o sentido.

Não saí para manifestar ontem - confundi a data com hoje - e fiquei chocada ouvindo desconhecidos comentarem a paralisia das classes médias - elites ? -, a impressão de que o cansaço nos venceu.

Eu, republicana, ainda não desisti de acreditar nos seus máximos valores pelos quais se bateu, no século XIX, o meu "ídolo" Luiz Gama, dono de uma consciência moral e de uma vida inteiramente dedicada a combater os desmandos da lei e lutar por um "Brasil sem reis e sem escravos", quero compartilhar com vocês o pensamento de Ruy Barbosa, companheiro de Luiz Gama durante a estada do futuro jurista, aluno da Academia de Direito, em São Paulo :

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças,
de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos corruptos,
o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto".

Que o cansaço, pois, não nos vença. Pior : não nos escravize nem nos deixe envergonhados por acreditar em "honestidade", "honra" e "virtude".

Pode parecer antigo. Tant pis ! Assumo.

E que a indignação moral, também fora de moda no país da cordialidade, seja o ponto de partida para nos assenhorearmos do poder de dizer, já à nossa volta, alguns "nãos": não à impunidade às pequenas corrupções que nos rondam e nos ameaçam quando deixam de ser invisíveis aos nossos olhos; não àqueles que optaram pela tranqüilidade tentando se ou nos convencer que "aqui é assim, não vai mudar"; não à indiferença que encolhe o desejo de contribuir para transformar, ética e/ou espiritualmente, os poucos metros quadrados onde possa frutificar nossa ação.

Grande abraço, boa - e reflexiva - semana para vocês !

Ligia Ferreira."

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Lenha



(Zeca Baleiro)

Eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer

Eu amo você
Mas não sei o que
Isso quer dizer

Eu não sei por que
Eu teimo em dizer
Que amo você

Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer

Se eu digo pare
Você não repare
No que possa parecer

Se eu digo siga
O que quer que eu diga
Você não vai entender

Mas se eu digo venha
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender...