quinta-feira, 29 de julho de 2010

A necessidade é a mãe da invenção! rsrsrs


Necessity is the mother of invention (Mexico)

Créditos da foto: Julian Tatsch- aluno de Administração de Empresas da TU München - Alemanha

Cartinha para o Papai do Céu


Querido Papai do Céu,

Eu piciso muito de uma geladeira nova. Não precisa ser daquelas grandonas. Mas que não faça aquela molhação toda na hora de descongelar, e não demore 6 horas para derreter todo o gelo.

Piciso também de uma máquina de lavar, Papai do Céu. Porque tá muito frio pra lavar roupa esfregando no tanque, e eu tenho tendinite e tô com aquele montão de roupa pra lavar que o senhor tá vendo.

E se o senhor descolar alguma promoção, traz pra mim celular novo? Que pelo menos acenda o display e que não desligue sozinho? É que aquele lindão que o senhor deu pra mim, os homens malvados levaram ele, e ainda não consegui comprar ôto. :(

Ah, e levaram o celular do Beto também, Papai do Céu. Como tá chegando o dos Pais, ele vai ficar muito feliz se o senhor der um celular novo pá ele.

Um beijo da sua filha Lu.
Amém :)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Canção de Zeca Baleiro escrita em 1993 para Michael Jackson

Em 1993, Zeca Baleiro se sentiu tocado pelas declarações de Michael Jackson se dizendo inocente das acusações que sofria. Zeca disse que jamais acreditou nelas, tamanha era a verdade nos olhos de Michael naquela ocasião. Isso ele mesmo contou em um de seus shows. Ele também disse que jamais a gravaria, porque há uma tênue linha que separa a oportunidade do oportunismo. E ele não queria ser classificado assim.

Segue abaixo entrevista de um parceiro de Zeca para o Terra.

http://terramagazine.terra.com.br/in...l+Jackson.html


"No ano em que surgiram as primeiras denúncias de pedofilia contra Michael Jackson, um admirador brasileiro se compadeceu e fez uma música em homenagem ao astro. A composição de Canção Prá Ninar Um Neguim, por Zeca Baleiro, coincide com o ano em que o astro, veio pela segunda vez ao Brasil: 1993.

Zeca Baleiro nunca gravou a música. Toca, de vez em quando em um ou outro show.

Numa tarde de 2002, seu amigo e parceiro Renato Braz se preparava para gravar um disco, Quixote. Passou na casa de Baleiro, em São Paulo, a fim de colher do amigo uma música nova para incluir no CD.

Acabaram tocando, sem combinar, "Canção Prá Ninar Um Neguim". "Não fui eu que escolhi a música. Foi a música que me escolheu", diz Braz, que gravou a canção e venceu o Prêmio Visa de MPB naquele ano.

Um verso:
Neguim jeitoso / É perigoso viver sim senhor / Tem espinho e tem flor / Neguim moderno / O inferno é frio e no céu faz calor / Traz o teu cobertor.

"Foi uma declaração de amor ao Michael Jackson", conta Braz, cantor de música popular brasileira, de uma tendência não visivelmente marcada pela influência do artista norte-americano. Uma prova da abrangência de Jackson. "Tenho todos os discos. Até os discos que eu acho ruins, porque, quem sabe algum dia, possso me encantar com algo que eu ainda não percebi..."

"Queria andar com os pés como se tivesse flutuando como ele fazia", lembra-se Braz. "Embalou minha infância". Quando criança em São Paulo, conta Braz, "ouvia Tim Maia e Michael Jackson como se fossem da mesma família". "A musica dele é universal, chegou no subúrbio quando estava só começando", impressiona-se o cantor.

Braz atribui o sucesso do popstar à "verdade com que ele conduziu sua carreira". Michael Jackson e Tim Maia, a dupla de novo: "não representavam uma só classe. Fazem música abrangente".

Confira a letra da música "Canção Pra Ninar Um Neguim" na íntegra:



Preto pretinho
Eu sou do gueto
Branquinho de alma negra como tu
Meu dialeto
Sem preconceito
I don't know how to dance tua dança
But, I like you
Preto pretinho
Qual o crinho da tua alma blue
Essa África do Sul
Preto pretinho
Será que há jeito de ser como tu
Meio rosa e azul
Chora neguinho
Chuva de efeito e gelo seco
Não sarará a dor
Duerme negrito
Sonha Soweto
Mama no peito da mãe
Que te fez cantor
Neguim jeitoso
É perigoso viver sim senhor
Tem espinho e tem flor
Neguim moderno
O inferno é frio e no céu faz calor
Traz o teu cobertor.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Algumas questões para pensar enquanto trabalho...

O reitor da USP conseguiu se formar em 04 cursos na universidade pública e gratuita.

Aposentou-se com o alto salário de um desembargador federal aos 48 anos de idade.

Além da aposentadoria, recebe o salário de Professor Titular da USP, mais a verba de representação correspondente ao maior cargo da Universidade e mais diárias de R$ 330,00.

Não satisfeito, ele deu a si mesmo um reajuste salarial 6% maior que o nosso.

E um cara desses pode acreditar que tem moral para ir a público nos difamar e dizer que somos privilegiados?

O salário mínimo, necessário para a manutenção das necessidades básicas de uma família com quatro pessoas, calculado e atualizado nas últimas décadas pelo DIEESE, está hoje próximo de R$ 2.200,00. E o reitor da USP vai ao programa Roda Viva dizer que a média salarial mais baixa da USP é de R$ 1.240,00. E que essa é a faixa onde estão os trabalhadores que ela chama de "sem qualquer qualificação, que no mercado receberiam em média R$ 600,00".

É possível tolerar um absurdo desses? O reitor acha que quem ganha metade do necessário para viver ganha muito, porque tem gente ganhando só uma quarta parte do necessário.