Pensamentos, música, poesia, download, literatura, desabafos, confidências, amizade, ressaca, saudade e pisadas na jaca. :)
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Tô deprê... :( ficando cansada dessa vida.
Candura
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(Max de Castro)
Desculpa se alguma vez houve estupidez,
Insensatez ou falta de atenção
Nem sempre o que a gente diz
É exatamente o que se quer dizer.
O coração sincero sabe bem de onde vem
Cada dor e cada dissabor
E eu sei de cor que o amor que eu tenho por você
É o que eu tenho de melhor.
A vida é dura, mas ela só faz melhorar.
Nesse meu navegar, tudo é impreciso,
E é incerto, e tem juros altos demais
Assim eu posso até dizer
Que cada minuto longe de você, eu tenho prejuízo.
Ninguém nunca vai, nem pode entender
E é difícil até fazer uma canção pra dizer.
Nós juntos temos um futuro
Que é a coisa mais preciosa que existe no mundo.
A vida é dura, mas ela só faz melhorar...
Quase não tenho saudades.
segunda-feira, 9 de outubro de 2006
10 anos sem Renato Russo
No dia 11 de outubro, todos nós, fãs de Renato Russo, celebraremos os dez anos da morte do nosso poeta.
Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio em 27 de março de 1960, filho do economista Renato Manfredini, funcionário do Banco do Brasil e de Dona Maria do Carmo, professora de inglês. Ele aprendeu inglês desde pequeno, quando morou, dos 7 aos 10 anos, em Nova York. Nova transferência do pai levou o menino, já com 13 anos, a Brasília que tanto marcou sua música. Renato teve uma infância e adolescência de classe média alta, típica do pessoal das bandas de Brasília. Entre os 15 e os 17 anos enfrentou várias operações e viveu entre a cama e a cadeira de rodas, combatendo uma doença óssea rara chamada epifisiólise.
Em 78, inspirado pelo Sex Pistols, Renato formou o Aborto Elétrico, que no vai e vem de integrantes, contou com participações de Fê e Flavio Lemos (depois do Capital Inicial), Ico Ouro Preto e André Pretorius. Em 82 abandonou o Aborto Elétrico e passou a fazer trabalhos solos. Neste período ficou conhecido como "O Trovador Solitário". Quando a lendária "cena de Brasília" já era uma força underground reconhecida, Renato Russo formou a Legião Urbana com Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná e Paulo Paulista. Um ano depois, Paraná e Paulista deixavam a banda e entrava Dado Villa-Lobos.
Quando Renato Rocha se juntou a banda em 84, a Legião Urbana já havia se apresentado diversas vezes em Brasília, notadamente nos célebres shows no Circo Voador, no Rio de Janeiro e no Napalm, em São Paulo. O sucesso de seus shows levou rapidamente a um contrato com a EMI-Odeon. No primeiro dia do ano seguinte saiu o primeiro álbum, Legião Urbana, que emplacou os hits "Geração Coca-Cola", "Ainda é Cedo" e "Será".
Com seus refrões poderosos e letras que falavam de inseguranças emocionais e do niilismo da geração crescida durante o regime militar, a Legião Urbana bateu fundo nos anseios dos jovens brasileiros. A receita foi aperfeiçoada no álbum seguinte, Dois, melhor tocado, melhor gravado e mais elaborado. Sucessos como "Eduardo e Mônica" e "Quase Sem Querer" falavam uma língua que qualquer jovem urbano brasileiro dos anos 80 podia entender e se identificar.
Dois consolidou Renato Russo como um dos maiores popstars do país. Já na turnê desse segundo disco, começou a aparecer o Renato Russo estrela: seus shows incluíam discursos pregadores (o adjetivo "messiânico" aparecia em nove entre dez matérias sobre o grupo) e um alto consumo de drogas e álcool.
Em 1987 sai o terceiro álbum, Que País É Este, gerando hits como "Faroeste Caboclo", e mais uma turnê nacional abarrotada. Em 89, sai As Quatro Estações que inaugura a fase mais madura da banda, tanto no som, menos pop, como nas letras, abordando assuntos como AIDS e homossexualismo. Em "Meninos e Meninas", Renato sugere sua bissexualidade. Logo depois, numa história entrevista à revista Bizz, Renato confirmava o fato.
V (Cinco), lançado em 91, veio carregado de uma tristeza que refletia a instabilidade emocional-psicológica vivida por Renato. A turnê que se seguiu teve que ser interrompida devido ao seu precário estado de saúde.
O Descobrimento do Brasil, de 93, acabou sendo o último disco da banda (A Tempestade foi um disco solo de Renato com participações de Dado e Bonfá). A partir de Descobrimento, Renato deu vazão a seus projetos solo e lançou The Stonewall Celebration Concert e Equilíbrio Distante.
Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio em 27 de março de 1960, filho do economista Renato Manfredini, funcionário do Banco do Brasil e de Dona Maria do Carmo, professora de inglês. Ele aprendeu inglês desde pequeno, quando morou, dos 7 aos 10 anos, em Nova York. Nova transferência do pai levou o menino, já com 13 anos, a Brasília que tanto marcou sua música. Renato teve uma infância e adolescência de classe média alta, típica do pessoal das bandas de Brasília. Entre os 15 e os 17 anos enfrentou várias operações e viveu entre a cama e a cadeira de rodas, combatendo uma doença óssea rara chamada epifisiólise.
Em 78, inspirado pelo Sex Pistols, Renato formou o Aborto Elétrico, que no vai e vem de integrantes, contou com participações de Fê e Flavio Lemos (depois do Capital Inicial), Ico Ouro Preto e André Pretorius. Em 82 abandonou o Aborto Elétrico e passou a fazer trabalhos solos. Neste período ficou conhecido como "O Trovador Solitário". Quando a lendária "cena de Brasília" já era uma força underground reconhecida, Renato Russo formou a Legião Urbana com Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná e Paulo Paulista. Um ano depois, Paraná e Paulista deixavam a banda e entrava Dado Villa-Lobos.
Quando Renato Rocha se juntou a banda em 84, a Legião Urbana já havia se apresentado diversas vezes em Brasília, notadamente nos célebres shows no Circo Voador, no Rio de Janeiro e no Napalm, em São Paulo. O sucesso de seus shows levou rapidamente a um contrato com a EMI-Odeon. No primeiro dia do ano seguinte saiu o primeiro álbum, Legião Urbana, que emplacou os hits "Geração Coca-Cola", "Ainda é Cedo" e "Será".
Com seus refrões poderosos e letras que falavam de inseguranças emocionais e do niilismo da geração crescida durante o regime militar, a Legião Urbana bateu fundo nos anseios dos jovens brasileiros. A receita foi aperfeiçoada no álbum seguinte, Dois, melhor tocado, melhor gravado e mais elaborado. Sucessos como "Eduardo e Mônica" e "Quase Sem Querer" falavam uma língua que qualquer jovem urbano brasileiro dos anos 80 podia entender e se identificar.
Dois consolidou Renato Russo como um dos maiores popstars do país. Já na turnê desse segundo disco, começou a aparecer o Renato Russo estrela: seus shows incluíam discursos pregadores (o adjetivo "messiânico" aparecia em nove entre dez matérias sobre o grupo) e um alto consumo de drogas e álcool.
Em 1987 sai o terceiro álbum, Que País É Este, gerando hits como "Faroeste Caboclo", e mais uma turnê nacional abarrotada. Em 89, sai As Quatro Estações que inaugura a fase mais madura da banda, tanto no som, menos pop, como nas letras, abordando assuntos como AIDS e homossexualismo. Em "Meninos e Meninas", Renato sugere sua bissexualidade. Logo depois, numa história entrevista à revista Bizz, Renato confirmava o fato.
V (Cinco), lançado em 91, veio carregado de uma tristeza que refletia a instabilidade emocional-psicológica vivida por Renato. A turnê que se seguiu teve que ser interrompida devido ao seu precário estado de saúde.
O Descobrimento do Brasil, de 93, acabou sendo o último disco da banda (A Tempestade foi um disco solo de Renato com participações de Dado e Bonfá). A partir de Descobrimento, Renato deu vazão a seus projetos solo e lançou The Stonewall Celebration Concert e Equilíbrio Distante.
O primeiro, cantado em inglês, foi homenagem ao grande amor de sua vida que morreu de overdose. Renato faz então seu disco mais militante ao som o orgulho de ser gay, ao som de covers da Broadway e Madonna. Stonewall é o nome de um bar nova-iorquino onde, num célebre acontecimento em 69, gays se rebelaram contra a ação política. Equilíbrio Distante traz Renato interpretando canções em língua italiana, uma das raízes ancestrais do cantor.
Renato era HIV positivo desde 1990, mas nunca assumiu publicamente a doença. Desde a época de "Descobrimento do Brasil", Renato andava recluso e arredio e evitava a imprensa. As suspeitas se comprovaram em 11 de outubro de 1996 com sua morte por broncopneumopatia, septicemia e infecção urinária - consequências da AIDS -, pesando só 45 quilos.
O ano em que se completa uma década da morte de Renato Russo veio junto com promessas de três produções cinematográficas que dizem respeito ao ex-líder da Legião Urbana. Previstos para ficarem prontos antes do dia 11 de outubro de 2006, os projetos nem saíram do papel.
O projeto mais esperado era a biografia de Renato, intitulada “Religião Urbana”, do diretor Antonio Carlos da Fontoura (“Gatão de Meia Idade”, “As aventuras de Zico”). As filmagens foram adiadas para 2007. “Religião Urbana” pretende focar o inicio da carreira de Renato
Os outros dois filmes seriam adaptações de músicas do Renato Russo. A Copacabana Filmes estaria interessada em transformar “Faroeste Caboclo” em um épico, com direção do estreante René Sampaio. Segundo a Copacabana Filmes, “Faroeste” poderá ser lançado ainda no final deste ano. Embora o projeto já tenha sido autorizado, ainda não fora definido elenco nem locações.
A outra música esperada para ganhar projeção nas telonas é “Eduardo e Mônica”, sob os olhares da roteirista e atriz Denise Bandeira, uma das melhores amigas de Renato Russo. Ao contrário do roteiro de Sampaio, a adaptação de “Eduardo e Mônica” ainda não foi autorizada pela família Manfredini.
Enquanto os projetos não saem do papel, os Legionários, como são conhecidos os fãs da Legião Urbana, tratam de se mobilizarem para que a data de aniversário de morte do ídolo não passe em branco. E vários fãs-clubes brasileiros do Renato Russo e Legião Urbana estão se unindo para enviar um abaixo-assinado cobrando uma posição da Secretaria de Cultura do Distrito Federal quanto ao impasse da Inauguração do Memorial Renato Russo, em Brasília.
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