segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Soneto de Indefinição

Lancei-me num caminho - em musgo passo,
Sorrateira nos dias que espairecem
De máscara solitária e mãos que esquecem
- esta tristeza marca meu compasso.

E na alameda estreita de um querer
Num duplo e vão cenário revivendo
Meu cansaço adormece, enverdescendo
E eu sigo só, nos meus dias de ser.

Assim me vou, amando uma promessa
Assim me faço música sem pressa
Em novo tempo verga-se minha lua.

Desejo as flores deslizando traços,
E na envergadura de meus braços
Eu meço a eternidade de ser tua.

* enfiei esse pé na jaca em 25 de maio de 2004.

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