(retirado do site: http://patriafc.blogspot.com/ )
Dia 10 de dezembro. Dia Universal dos Direitos Humanos.
Que ironia, senhores. Que ironia, senhoras. Justo hoje morreu um assassino.
Morreu há pouco o ditador Augusto Pinochet. Lá se foi o grande filho da puta. Infelizmente se foi antes que pudesse ser julgado pelos crimes que cometeu contra o povo chileno. Lá se foi mais um filho da puta e não deixa saudades, nem compaixão. Pinochet pode não ter penado em vida o que penaram seus prisioneiros, mas o tempo irá se incumbir de borrar o seu nome da história. Hoje, então, é dia de ouvir Victor Jara. É dia de cantar com Victor Jara. De chorar com ele. Victor, nosso companheiro, era assim, uma espécie de Chico Buarque do Chile, o grande cantor popular na época da ditadura. Preso no estádio nacional com outros milhares de militantes de esquerda, artistas e estudantes, teve os dedos das mãos cortados por um soldado, que ainda ordenou:
- Canta agora. Canta, comunista filho da puta.
E Victor Jara pegou seu violão, com as mãos decepadas, apoiou-se como pôde nas cordas e mandou, mirando seu algoz no fundo da alma:
Logo depois, um tiro. E a voz de Victor Jara calou-se para sempre. Para sempre sua música ecoando nas cordilheiras.
Viva Victor Jara! Viva povo do Chile! Morreu Pinochet! Morreu o filho da puta!
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