terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Novos Baianos - Acabou Chorare

Com vocês, Os Novos Baianos...

Baby Consuelo – vocal e percussão
Paulinho Boca de Cantor – vocal e percussão
Pepeu Gomes – guitarra, violão solo, craviola e arranjos
Moraes Moreira – vocal, violão base e arranjos
Dadi – baixo
Jorginho – bateria, bongô e cavaquinho.

O disco Acabou Chorare influenciou e inspirou muitos artistas. Os principais sucessos foram Preta, Pretinha e Acabou Chorare, muito executados nas rádios no ano de 1972.

O álbum foi colocado em 1º lugar na lista dos 100 maiores discos da música brasileira da versão brasileira da revista Rolling Stone. É o melhor disco brasileiro de todos os tempos, na frente de grandes clássicos como Transa de Caetano Veloso, Expresso 2222 de Gilberto Gil e Chega de Saudade de João Gilberto.

Esse é para ouvir abraçadinho, com a pessoa que você mais ama. Curtam com carinho!!


Novos Baianos (1972) - Acabou Chorare

1. Brasil Pandeiro (Assis Valente)
2. Preta Pretinha (Galvão - Moraes Moreira)
3. Tinindo Trincando (Galvão - Moraes Moreira)
4. Swing de Campo Grande (Paulinho Boca de Cantor - Galvão - Moraes Moreira)
5. Acabou Chorare (Galvão - Moraes Moreira)
6. Mistério do Planeta (Galvão - Moraes Moreira)
7. A Menina Dança (Galvão - Moraes Moreira)
8. Besta é Tu (Galvão - Pepeu Gomes - Moraes Moreira)
9. Um Bilhete pra Didi (Galvão - Moraes Moreira)
10. Preta Pretinha (Galvão - Moraes Moreira)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O Cimo da Montanha



"Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. E entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que avivar a afeição primitiva; foi a droga de Malabar, com que tomamos mais saboroso o nosso amor, e mais prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgávamos de imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando- nos com abraços. - Minha boa Virgília! - Meu amor! - Tu és minha, não? - Tua, tua... E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade o dos seus contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha, donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós o céu tranqüilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer..."
(Machado de Assis)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Rush - 2112



(Artigo: Fabricio Boppre - whiplash.net)

O trio canadense Rush gravou, ao longo de seus mais de 20 anos de carreira, vários excelentes discos. Se perdeu um pouco na metade da década de 80, gravando discos fracos (vide Grave Under Pressure e Presto), mas na década de 90 voltou a lançar ótimos albuns (como Counterparts e Test for Echo). Mas foi a primeira década de vida da banda que nos deu os melhores álbuns do grupo.
A banda começou com um estilo diferente do que viria a seguir: começou tocando um rock’n’roll básico nos dois primeiros discos, os excelentes Rush e Fly by Night, mas no terceiro álbum, Caress of Steel, começaram a mostrar que possuiam virtudes para fazeram algo mais complexo e inteligente do que o “básico” dos primeiros discos. E isso se deve principalmente a entrada do baterista Neil Peart, excelente letrista e um dos melhores bateristas do mundo. Os próximos álbuns já mostravam o Rush com seu estilo próprio, escrevendo músicas mais trabalhadas, maiores e subdivididas em partes, e, principalmente, com temas até então nunca usados na música. Entre 1975 e 1981 foram lançados os melhores discos do Rush, e, desses, um se destaca particularmente pelo seu conceito: 2112, que foi lançado em 1976.

O disco começa com a sensacional 2112, que tem mais de 20 minutos e é dividida em 7 partes. Nessa música, todos os integrantes da banda mostram do são capazes com seus respectivos instrumentos. Mas o que mais se destaca é a letra de Neil Peart. Nela, ele conta a história de uma sociedade futurística muito parecida com aquela descrita por Aldous Huxley em sua obra-prima Admirável Mundo Novo. É uma sociedade totalmente controlada por “Priests”, que monitoram e censuram todos os aspectos da vida de seus cidadões. Mas tudo muda para um cidadão em particular, no dia em que ele acha um objeto que o liberta (?) dessa vida alienada. A música pode ser vista como uma parábola, muito atual por sinal, e o objeto encontrado pode ser interpretado de diversas maneiras.

A primeira parte da música é instrumental, e é simplesmente arrebatadora, mostrando todo o poder da cozinha do trio canadense. Logo depois, a segunda parte entra com a enigmática citação “...And the meek shall inherit the Earth” (...e o humilde irá herdar a terra). Nessa parte, Geddy Lee canta agressivamente introduzindo na história os Priests. Na terceira parte, Geddy muda radicalmente os vocais para falar do personagem principal e sua descoberta. Na quarta parte, em um duelo incrível de vocais de Geddy contra ele mesmo (personagem principal contra Priests), os Priests esnobam e ficam bravos com o nosso herói e sua descoberta. “Forget about your silly whim, it doesn't fit the plan”, gritam os enraivecidos Priests. Na quinta parte, o personagem mostra-se confuso com tudo que está acontecendo e tem um sonho revelador. Na sexta parte, o personagem já tem consciência do horrível mundo em que vive e decide deixar-se morrer para se libertar. Destaque para a incrível interpretação de Geddy na hora da morte. Na última parte, os seres maravilhosos que apareceram no sonho do personagem voltam para retomar o controle do planeta.
Tudo se encaixa perfeitamente na música: os solos de guitarra de Alex Lifeson; o baixo, também a cargo de Geddy; a bateria incrível de Peart e principalmente os vocais de Geddy. E mesmo depois de passados mais de 20 anos da composição da música, Geddy continua cantando perfeitamente, talvez melhor ainda do que antes. Não tem mais a potência que tinha aos 20 anos, mas agora possui melhor controle de sua voz, o que faz a diferença nessa música. É só escutar a sua interpretação no recente disco ao vivo Different Stages.

Outras músicas que se destacam são: Tears, que é uma belíssima balada acústica, com teclados muito bem encaixados e uma levada bem triste. The Twilight Zone, uma faixa surpreendente, que muda de estilo e ritmo sem perder a coesão; destaque para os vocais sussurrados baixinhos junto a Geddy no refrão, que deixa a música com um estranho tom sobrenatural. Something for Nothing, uma porrada de primeira, uma das marcas registradas da banda. Completam ainda o álbum as excelentes Lessons e A Passage to Bangkok.

Enfim, um excelente álbum. A primeira música se destaca pela qualidade técnica e lírica, mas todas as outras músicas são excelentes, formando um belo conjunto e tornando o disco indispensável.

Rush: Neil Peart (beteria), Geddy Lee (baixo e vocal) e Alex Lifeson (guitarra).

Rush - 2112

1. 2112
I- Overture
II - Temples of Syrinx
III - Discovery
IV - Presentation
V - Oracle: The Dream
VI - Soliloquy
VII - The Grand Finale
2. A Passage To Bangkok
3. The Twilight Zone
4. Lessons
5. Tears
6. Something For Nothing

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Janis Joplin



(Artigo: Flaveus Neutralis - whiplash.net)


Janis Joplin foi muito mais do que a primeira artista branca a alcançar reconhecimento interpretando blues (reduto de músicos negros, principalmente quando consideradas artistas do sexo feminino). Foi também cantora de rock, dona de uma voz incomparável, e capaz de imprimir às músicas que cantava uma marca inconfundível de interpretação e sensualidade.

Nasceu em Port Arthur, Texas, em uma família humilde e conservadora que não aceitava facilmente o caminho que ela havia escolhido. Já na adolescência, cantava blues e folk inspirada por Bessie Smith, entre outras cantoras. Em 1966 se mudou para a Califórnia e juntou-se à banda Big Brother and The Holding Company. Em poucos meses, Joplin tirou a banda da obscuridade, logo assumindo sua liderança (a princípio havia sido chamada apenas para fazer backing vocals). Com esta banda, Janis Joplin gravou o álbum Big Brother And The Holding Company em 1967 e Cheap Trills (um de seus melhores) em 1968.

Em busca de mais liberdade de decisão nos rumos que sua carreira, tomava Joplin abandonou a banda Big Brother para formar a sua própria, The Kozmic Blues Band. Seu primeiro álbum como artista solo foi I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama. O resultado, porém, não foi tão bom quanto o esperado, pois embora a sua nova banda tivesse melhores músicos e melhores condições, não tinha a espontaneidade e sintonia que caracterizaram seus trabalhos anteriores.

Em busca da sonoridade mais simples e eficiente, Joplin reformou sua banda com o novo nome Full Tilt Boogie Band. As mudanças no estilo foram imensas - e para melhor - com uma sonoridade que destacava seu vocal que havia se desenvolvido sensivelmente.

Em meio às gravações do álbum Pearl, Janis foi encontrada morta, vítima de overdose de heroína e álcool, ainda com as marcas de agulhas nos braços. O álbum foi lançado com as faixas para as quais ela já havia gravado os vocais. Ironicamente, a música Mee and Bob McGee foi o maior sucesso de sua carreira, dois meses após a sua morte.

Janis Joplin - Greatest Hits

1. Piece Of My Heart
2. Summertime
3. Try (Just A Little Harder)
4. Cry Baby
5. Me And Bobby McGee
6. Down On Me
7. Get It While You Can
8. Bye, Bye Baby
9. Move Over
10. Ball And Chain

O Careta



(Roberto Carlos / Erasmo Carlos / Sebastião Braga)

Abro a camisa e encaro esse mundo de frente
Olho pra vida sem medo sabendo onde vou
Digo que não, que não quero
Passo batido, acelero
São outras coisas que mexem com a minha cabeça
Por isso esqueça.

Meu grande barato é o cheiro da brisa do mar
Me ligo na onda do rádio do meu coração
Viajo na luz das estrelas
Me sinto feliz só de vê-las
E fico contente de ser esse grande careta
Careta
Careta.

Droga! quem afinal é você
Que está se entregando e não vê
Que a vida oferece outras coisas?
Droga! Por tudo, por nada e por quê?
Nadar nessa praia pra quê?
Você não merece essas coisas.

Às vezes quem sabe de tudo tem mais pra saber
Que a porta tão larga na entrada se estreita depois.
E quando lá dentro se apaga
A luz da estrada perdida
É duro esmurrar as paredes buscando a saída
De volta pra vida.

Talvez você ache uma droga essas coisas que eu falo
Mas certas verdades nem sempre são fáceis de ouvir
Não custa pensar no que eu digo
Eu só quero ser seu amigo
Mas pense no grande barato de ser um careta
Careta
Careta.

Droga! quem afinal é você
Que está se entregando e não vê
Que a vida oferece outras coisas?
Cara! Por tudo, por nada e por quê?
Nadar nessa praia pra quê?
Você não merece essas coisas.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Johnny Cash - Hurt

Esta é a versão de Johnny Cash para a música Hurt, composta por Trent Reznor (vocalista da banda Nine Inch Nails). Foi gravada em 2002 para o álbum American IV: The Man Comes Around.

O clipe de Hurt conquistou um grande destaque na mídia, inclusive recebendo os prêmios de melhor videoclipe no Grammy e no Country Music Awards, ambos em 2003. Também foi marcado não só por ser o último trabalho de Cash, mas também pela forte identificação da letra com a vida do cantor, que passou grande parte de sua carreira com problemas de dependência química.

Levando em conta que ele e sua amada June Carter (que também aparece no vídeo) morreram pouco tempo depois, o clipe de Hurt tem uma grande carga dramática e emocional. Resumindo, não tem como não chorar. :)

Curtam o som!!

Beijos
Luciene


Hurt
(Trent Reznor)

I hurt myself today
To see if i still feel.
I focus on the pain,
The only thing that's real.

The needle tears a hole;
The old familiar sting,
Try to kill it all away,
But I remember everything.

What have I become,
My sweetest friend?
Everyone I know,
Goes away in the end.
And you could have it all:
My empire of dirt,
I will let you down,
I will make you hurt.


I wear this crown of thorns
Upon my liars chair:
Full of broken thoughts,
I cannot repair.

Beneath the stains of time,
The feelings dissapear.
You are someone else,
I am still right here.

What have I become,
My sweetest friend?
Everyone I know,
Goes away in the end.
And you could have it all:
My empire of dirt,
I will let you down,
I will make you hurt.


If I could start again,
A million miles away,
I will keep myself,
I would find a way.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Oi oi oi, 2009!!!

Aeeeeee galera!!! :D :D :D
Tudo bem, já estamos quase no final de janeiro, e essa história de Feliz Ano Novo já deu o que tinha que dar (rsrsrs).

Mesmo assim, quero deixar registrado aqui que tô de volta na área (êêêêêêêê!!!), com todas as forças renovadas. Eu desejo tudo de bom pra vocês nesse ano, em que muitas coisas especiais hão de acontecer pra todos nós.

Beijos, e vamo enfiá o pé na jaca!!!
Luciene



segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Férias!!!

Galera!! estou de férias :)

Aproveito o ensejo (pois não sei se terei acesso à internet no meu período de férias) para desejar a todos os meus amigos um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo!!!

Que o ano de 2009 seja repleto de felicidades e realizações.

Um abração, beijos para todos
Luciene



segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Amigo do Sol, amigo da Lua



(Benito Di Paula)

E ê criança presa ê, brinquedos de trapaças
Quase sem história pra contar
Você, criança tão liberta, me tire dessa peça,
E assim ter história pra contar.

Estrela que brilha em meu peito e me leva pro céu
Encantos, cantigas, canções de ninar
Me deixa no galho, no galho da lua
No charme do sol pra me despertar...

Vem amigo, nadar nos rios
Vem amigo, plantar mais lirios
No vale, no mato e no mundo, vamos brincar.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Drão



(Gilberto Gil)

Drão
O amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar, plantar nalgum lugar
Ressuscitar no chão nossa semeadura
Quem poderá fazer aquele amor morrer!
Nossa caminhadura
Dura caminhada pela estrada escura.

Drão
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão, estende-se, infinito
Imenso monolito, nossa arquitetura
Quem poderá fazer aquele amor morrer!
Nossa caminhadura
Cama de tatame pela vida afora

Drão
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão, não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Se o amor é como um grão!
Morre nasce, trigo,
Vive morre, pão.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Gentileza



(Marisa Monte)

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta.

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca.

Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade merecemos
Ler as letras e as palavras de gentileza.

Por isso eu pergunto
A você do mundo
Se é mais inteligente
Um livro ou sabedoria.

O mundo é uma escola
A vida é um circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o profeta.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Festa da Morte do Boi – Domingo - 09/11/2008


Fechando o ciclo deste ano, o Grupo CUPUAÇU realizará no dia 09 de novembro (domingo), a “Festa da Morte do Boi”.

Com início programado para as 10 horas da manhã, ocorrerão várias atividades, seja do próprio Cupuaçu seja de artistas e grupos convidados. Entre tais teremos o Grupo Cachuera e o “Boi de Maringá”, grupo formado por crianças e adolescentes desta cidade paranaense que, através de pesquisas realizadas sobre o CD “Toadas de Bumba-meu-boi” do Grupo Cupuaçu, criou e vêm desenvolvendo seu trabalho de cultura popular.

Barracas de artesanato, petiscos, sucos, bebidas e comidas típicas também estarão dando um sabor especial ao evento.

Realizado há mais de quinze anos no Morro do Querosene (Vila Pirajussara, no Butantã), o ciclo do auto do bumba-meu-boi – Nascimento, Batizado e Morte – apresenta a dramaticidade da saga do casal “Mãe Catirina e Pai Francisco” em que ela, grávida, tem vontade de comer língua de boi. Entretanto, o boi em questão é o grande animador da festa, “o boizinho encantado” de São João, que brinca, dança e faz a alegria geral de todos os presentes. Assim, ao som de belas toadas, muita dança e interação com o público que o Grupo Cupuaçu apresenta uma das mais tradicionais manifestações da cultura popular brasileira.

O evento acontece na confluência das ruas Dr. Cícero de Alencar, Frederico Pradel e Padre Camilo, a “praça da árvore”, o coração do Morro do Querosene, no Butantã.

Maiores informações com Tião Carvalho (9771-9672) ou José Marcos (8101-3792).

Apoio: O AUTOR NA PRAÇA.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Halterocopismo - um perigoso esporte nacional



“Eu sei beber, eu sei me controlar, eu sei como fazer.” Este é o discurso de quem caiu na armadilha chamada álcool.

Por: Alessandra Vitória - Jornal Brasília em Dia

Os Alcoólicos Anônimos comemoraram em 2007 seus 60 anos no Brasil. Sem brindes. A instituição luta pela sobriedade permanente de cerca de dois milhões de alcoólatras, em 90 mil grupos espalhados por mais de 150 países. Atualmente, 10 a 12% da população mundial têm problemas de dependência com o álcool. Para os membros dos AA, a distância que separa o homem do alcoolismo é apenas a de um braço - para alcançar o copo.

É cada vez menor a diferença entre o bebedor social e o alcoólatra compulsivo. Este, além de depender psicologicamente da bebida, sente necessidade física dela: seu corpo passa a depender do álcool. Por isso, o compromisso que os alcoólicos anônimos propõem é uma meta ambiciosa: 24 horas de abstinência. Um esforço hercúleo: quando o alcoólatra deixa de beber, o corpo reage violentamente, com mal-estar, calafrios e até alucinações. É a síndrome de abstinência. Os sintomas são ainda mais penosos para as mulheres. Muitas apresentam todos os sinais de gravidez: seios intumescidos, suspensão da menstruação, enjôos.

Não importa o tempo que se fica sem beber, há sempre o risco de voltar ao vício. “É por isso que não se pode ter como meta beber moderadamente. Para o alcoólatra clássico, a abstinência deve ser total”, alerta o médico Márcio Coutinho.

O dependente luta contra os apelos de uma sociedade que, ao mesmo tempo em que reprova o vício, o instiga a beber. "A mídia vende a ilusão de que os momentos felizes necessitam de uma bebida ou um cigarro", diz Marcio Coutinho.

Nos Estados Unidos, gastam-se U$136 bilhões para combater o alcoolismo. No Brasil, seriam necessários R$ 25 bilhões. Em nosso país, o problema é ainda pior na população carente, que bebe para aplacar a fome. Isto porque o álcool, além do efeito sedativo, concentra uma imensa quantidade de energia: sete calorias por cada grama.

“Atualmente, há cerca de 16 milhões de brasileiros dependentes do álcool. Se levarmos em conta que cada um, com os efeitos da doença, mobiliza de três a quatro pessoas, temos 50 milhões sofrendo direta ou indiretamente por causa do alcoolismo. A cada 10 pessoas que bebem socialmente, uma se tornará alcoólatra”, estima o psiquiatra Mario Biscaia.

O álcool é uma porta escancarada para outros vícios. Sendo uma droga depressora, passado o efeito prazeroso, ela deprime. Para atenuar essa sensação, por sua vez, usam-se tranqüilizantes, anfetaminas, etc. Os riscos são grandes, pois o álcool chega a triplicar o efeito de certas substâncias.

Luta contra o tempo

As pesquisas apontam para a hereditariedade: 30% dos casos apresentam fator genético. Nosso organismo produz endorfinas, chamadas de receptores opiódes, que são responsáveis pela sensação de prazer e desinibição que o álcool provoca nas primeiras doses. Nas pessoas predispostas à doença, que é crônica e progressiva, levando à morte, essa sensação de prazer é muito maior. “Estudos na Áustria e na Alemanha indicam quatro tipos de alcoolismo. Um agiria sobre os neurotransmissores, como a dopamina e as endofirmas; outro, relacionado à ansiedade; o terceiro, provocado por problemas cerebrais, e o quarto, comum na mulher, estaria associado à depressão”, explica o doutor Biscaia.

Nos Estados Unidos, está sendo usado, no tratamento do alcoolismo, o naltrexone (com o nome comercial de Revia), medicamento já aplicado a dependentes de heroína. Ele bloqueia os receptores das endorfinas e, com isso, a sensação de prazer e bem-estar, provocada pelo álcool. Mas, para funcionar, é preciso fazer modificações de hábito e de estilo, restringindo situações que levam a beber.

“O que eu fiz da vida?”

O preconceito é maior com as mulheres alcoólicas. Sentindo-se envergonhadas e cheias de culpa, elas escondem o vício. “Não há estatísticas, porque elas se refugiam em casa, evitando o contato social, que as deprime ainda mais”, reve-la o médico Marcio Coutinho. Nas reuniões dos AA, um simples detalhe revela a que deve ser a principal diferença na atitude do homem e da mulher frente ao álcool. Nas reuniões, são poucas as que usam aliança, ao contrário da maioria dos homens em recuperação. Isso acontece porque, geralmente, apesar do sofrimento, as mulheres aceitam, perdoam, tentam compreender. Buscam ajuda, porém continuam com o marido alcoólatra. Em compensação, o homem não demonstra a mesma tolerância.

O percurso da bebida

O álcool vai diretamente para o estômago, depois para o intestino, onde é absorvido. Em seguida, passa à circulação sangüínea e é depurado lentamente no fígado, seguindo para o coração e todo o organismo. O resto é eliminado pelos pulmões, rins e pela pele, através do hálito, do suor e da urina.

Pele - A oxidação do álcool no fígado libera o acetaldeído, a matéria-prima da bebida, que provoca um afluxo de sangue para a pele, tornando-a avermelhada. Há uma falsa sensação de calor, causada pela aceleração do pulso e da pressão sangüínea. Na verdade, o álcool provoca a perda de calor, abalando os mecanismos de defesa do organismo contra o frio.

Olhos - Cegueira noturna, pela deficiência de zinco.

Ouvidos - Sensação de desequilíbrio, devido à modificação na densidade do líquido endolabiríntico.

Cérebro - A dilatação dos vasos cerebrais provoca dor de cabeça. O álcool destrói os neurônios e altera as suas terminações, as sinapses, levando a um déficit de memória e de atenção, além de agressividade e depressão. Torpor e sonolência indicam, a longo prazo, uma síndrome de efeitos cognitivos. Problemas cerebelares são os causadores das quedas e traumatismos. A incapacidade de coordenação dos movimentos musculares voluntários caracteriza o andar desequilibrado. O álcool pode evoluir para um quadro de demência. Nos casos mais graves, provoca atrofia cerebral.

Sistema nervoso central - Prejuízo na transmissão das informações e uma série de doenças cujos sintomas são: formigamento nas pontas dos pés e das mãos, pernas fracas e paralisia. A má absorção de vitaminas e minerais pode levar à desnutrição. O risco de câncer é 20 % maior, chegando a 44% no caso dos fumantes. A bebida também pode aumentar em até 20 vezes as tentativas de suicídio.

Sistema cardiorrespiratório - O álcool faz mal ao coração, predispõe à hipertensão e a infartos e derrames. Ele também reduz a capacidade do pulmão em eliminar germes, deixando-o vulnerável a infecções.

Sistema digestivo - Antes de ser digerido, o álcool atravessa o tubo digestivo. Por isso, as lavagens estomacais não funcionam no caso de coma alcoólico. Gastrite hemorrágica (vômitos com sangue), úlceras, enterocolites com diarréias, pancreatites agudas e/ou crônicas são outras conseqüências. Alterações hormonais, inclusive no ciclo menstrual. Mulheres alcoólicas podem gerar crianças com uma síndrome que provoca mal-formações, atraso no crescimento, microcefalia e deficiência mental. O problema se acentua a cada gravidez. O álcool reduz a testosterona no homem. Por isso, leva à impotência, provocando o desejo, mas impedindo a sua consumação.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mantra



(Nando Reis)

Quando não tiver mais nada
Nem chão, nem escada
Escudo ou espada
O seu coração acordará.

Quando estiver com tudo
Lã, cetim, veludo
Espada e escudo
Sua consciência adormecerá.

E acordará no mesmo lugar
Do ar até o arterial
No mesmo lar, no mesmo quintal
Da alma ao corpo material.


(Hare Krishna, Hare Krishna
Krishna Krishna, Hare Hare
Hare Rama, Hare Rama
Rama Rama, Hare Hare)


Quando não se tem mais nada
Não se perde nada
Escudo ou espada
Pode ser o que se for, livre do temor.

(Hare Krishna, Hare Krishna
Krishna Krishna, Hare Hare
Hare Rama, Hare Rama
Rama Rama, Hare Hare)


Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá, para dar amor

Amor dará e receberá
Do ar, pulmão; da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão do tempo espiral.


E quando não tiver mais nada
Nem chão, nem escada
Escudo ou espada
O seu coração acordará.

(Hare Krishna, Hare Krishna
Krishna Krishna, Hare Hare
Hare Rama, Hare Rama
Rama Rama, Hare Hare
Nitai Gauranga Jaya Gaura Hare)


Quando estiver com tudo
Lã, cetim, veludo
Espada e escudo
Sua consciência adormecerá.

(Hare Krishna, Hare Krishna
Krishna Krishna, Hare Hare
Hare Rama, Hare Rama
Rama Rama, Hare Hare
Nitai Gauranga Jaya Gaura Hare)

E acordará no mesmo lugar
Do ar até o arterial
No mesmo lar, no mesmo quintal
Da alma ao corpo material.


Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá, para dar amor

Amor dará e receberá
Do ar, pulmão; da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão do tempo espiral.
Amor dará e receberá
Do braço, mão; da boca, vogal
Amor dará e receberá
Da morte o seu guia natal


(Haraie nama krsna, yadavaya nama há
Yadavaya madhavaya Krsna vaya nama há

Nitai Gauranga Jaya Gaura Hare
Hare Krishna, Hare Krishna
Krishna Krishna, Hare Hare
Hare Rama, Hare Rama,
Rama Rama, Hare Hare)

Adeus dor...

Hare Krishna, Hare Krishna
Krishna Krishna, Hare Hare
Hare Rama, Hare Rama
Rama Rama, Hare Hare..

sábado, 11 de outubro de 2008

Por onde andei



(Nando Reis)

Desculpe, estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei errado e eu entendo
As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias
Até pra uma criança

Por onde andei
Enquanto você me procurava?
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava...

Amor eu sinto a sua falta
E a falta é a morte da esperança
Como um dia que roubaram o seu carro
Deixou uma lembrança
Que a vida é mesmo coisa muito frágil
Uma bobagem, uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama

Por onde andei
Enquanto você me procurava?
E o que eu te dei
Foi muito pouco ou quase nada.
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas...
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pelo Engarrafamento



(Otto)

Pelo engarrafamento eu vejo o mundo
Cheio de pessoas e sinais
Muitos não enxergam, se atropelam
São lançados contra o muro
Outros sentem sede, bebem
E atropelam muito mais.

Já estive num acidente, capotei
Parei num canavial
Trens são colocados a serviço
Trem não tem mais.

Fecho os olhos
Sinto as paredes do meu quarto
Sinto seu cansaço
Sua respiração
Não diga que fui eu que voei.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Vinte e Nove

http://farm1.static.flickr.com/229/513914763_e6e10db45b.jpg
(Renato Russo)

Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais...

Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.

Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar e a pedir perdão.

E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Aniversário :) meus 29 anos!!!

Oi genteeeeeee!

Hoje eu faço mais um aninho de vida. :)

Escrevo pra agradecer e mandar um beijão especial pra todo mundo que se lembrou de mim no meu níver!! cada recadinho, cada telefonema, cada rostinho me desejando os parabéns, tudo vai ficar guardado pra sempre, aqui dentro do meu coração.

Agora me respeitem, porque sou uma jovem senhora de 29 anos!! hehehehehe :D

Lista de presentes: um potinho de Chronos ou Renew, discos de vinil pra tocar na vitrola em casa, e tinturas da Garnier para os meus cabelos brancos :)

Amo muito todos vocês, meus amigos e amigas!!

1000 beijos da amiga (maluca) de hoje e sempre
Luciene



Caras como eu

(Titãs)

Caras como eu
Estao ficando raros
Como cabelos ralos
Que se batem e caem pelo chão.

Caras como eu
Estão tirando o pé
Andando em marcha-ré
Com medo de entrar na contramão.

Como trens do interior
Que nao saem no horário
Como velhos elefantes
Que morrem solitários.

Caras como eu
Estão ficando chatos
Como solas de sapatos
Que se gastam
Com o passar do tempo...

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar no momento
Não vou mais tentar matar o tempo...

Como palavras de amor
Que não se guardam em disquetes
Como segredos sem valor
Que a gente nunca esquece

Caras como eu
Estão ficando velhos
Calçando os seus chinelos
Concluindo que nao há mais tempo...

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar no momento
Não vou mais tentar matar o tempo.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Parabéns, Michael Jackson!!

Parabéns, vida longa e respeito ao Rei!! Hoje, dia 29 de agosto de 2008, a maior lenda viva da música pop completa 50 anos. Obrigada, Michael Jackson!!



Pensando em ser Michael Jackson

(Especialmente para os amigos 80istas de plantão.)



Sim, é difícil reconhecer. Dar o braço a torcer. Mas mordam a língua, oitentistas anti-Michael Jackson!! ele estava lá sim, nos anos 80, com todo o seu som, sua dança e sua criatividade. =-)

Apesar de muitos acreditarem que ele faleceu oficialmente em 1979, após lançar a obra-prima Off the Wall.

Quem já era nascido naquela época (e vive hoje metendo o pau no Michael) certamente se esquece que já dançou e sacudiu muito nas matinês, pistas e discotecas ao som de Michael. Ou tem amnésia, ou então não viveu os anos 80 coisa nenhuma.

Por que as baladas "Anos 80" simplesmente não tocam nada de Michael Jackson??

Como esquecer Beat It, Billie Jean, Get on the Floor, The Way You Make Me Feel, Rock With You? E Can you Feel It, copiada e sampleada ad nauseam até hoje por todo DJ que se preze?

Eu também conheço relatos de que houve muita cueca melada ao som de Human Nature e I Just Can't Stop Loving You.

Olha, meter o pau é fácil!! Difícil é ser Michael Jackson.

É fácil meter o pau num cara que pariu dois dos 10 melhores álbuns da história da música - Off the Wall e Thriller. É facinho avacalhar um cara supertalentoso, que praticamente nasceu cantando e dançando que nem gente grande. E de quem sempre foi exigido, desde a sua mais remota infância, que fizesse sempre o melhor. Cada vez mais, cada vez melhor. A vida inteira, recorde atrás de recorde.

E ainda agüentar o chato do Joe Jackson zoando seu nariz, e dando porrada a torto e a direito. É de pirar o cabeção de qualquer um.

Vamos, chutem, critiquem!! Se coloquem no lugar de Michael Jackson, e façam melhor que ele!!

Quando vocês alcançarem o título de Rei da música Pop, e venderem 100 milhões de cópias de um único disco, podem vir conversar comigo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Feliz Aniversário, meu amor.



Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo
levará você de mim.

Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste.

Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.

Assim como o oceano
Só é belo com o luar
Assim como a canção
só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você.

(Vinícius de Morais)

Beto...
Te amo.
Te amei desde sempre.
E sempre te amarei.

Lu
22/08/2008